quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Do Nilo para o Mundo, Maria


Maria é num nome antigo e intemporal, altamente relacionado com a religião e usado por gerações sucessivas de mães e filhas; é, aliás, o nome mais registado em Portugal, mesmo quando se incluem os nomes masculinos na contagem.

Para se chegar à forma gráfica oficial em Portugal, o nome teve de passar por várias etapas durante uma miríade de séculos. A origem exacta é ainda discutível, o que só torna as coisas mais interessantes, mas é geralmente aceite que na base está o hebraico Myriam, do qual também deriva a variante Míriam. O seu significado em hebraico é incerto, havendo teorias que defendem significados como, entre outros, "a desejada", "vidente", "senhora soberana", "rebelia" e, o não tão aprazível, "mar de amargura". Contudo, há ainda quem defenda uma origem egípcia, derivando ou de mry, "amada", ou de mr, "amor". Do hebreu chegamos ao aramaico Maryam. Posteriormente, surgiram as versões gregas Mariam e Maria, tendo depois esta última forma sido adoptada pelo latim, chegando depois ao português. 

Como nome de várias personalidades presentes na Bíblia, foi um nome que se tornou popular numa Europa cristã da Alta Idade Média. Segundo o livro Êxodo, havia uma Maria irmã de Moisés e de Aarão, filha de Anrão e Joquebede. É responsável por ter colocado o seu irmão Moisés numa cesta que lançou ao rio Nilo, de forma a escapulir à ordem do Faraó para que todos os recém-nascidos hebreus fossem assassinados. Mais tarde, assiste à descoberta da cesta pela filha do Faraó, que toma Moisés como seu; Maria sugere-lhe que Joquebede o crie, ao que a princesa concedeu, desconhecendo que esta era a própria mãe da criança.
Achou-se na borda do Nilo, quando a Princeza Thermutis, filha de Faraó, mandando extrahir das aguas a Moisés ella se offereceo para ir buscar huma mulher que o criasse; introduzindo para este effeito, sem a Princeza o saber a sua propria Mãi Jocabed.
Outra Maria, e sem dúvida a mais relevante no plano cristão, foi Maria, mãe de Jesus (imagem). De acordo com a Bíblia, recebeu do arcanjo Gabriel a notícia de que receberia no seu ventre o filho de Deus, por graça do Espírito Santo. Por conseguinte, o nome Maria foi, e em certa medida continua a ser, acompanhado de invocações a nossa senhora. No livro Invocações de Nossa Senhora em Portugal, do Padre Jacinto dos Reis, são enumeradas centenas dessas invocações, de entre as quais Belém, Carmo, Céu, Fátima, Graça, Nazaré, Rosário e, ainda, Lourdes, como se chamava a única primeira-ministra portuguesa até agora, Maria de Lourdes Pintasilgo, governante de 1 de Agosto de 1979 a 3 de Janeiro de 1980. Ainda assim, em determinadas épocas e culturas, o nome Maria foi considerado como demasiado sagrado para ser usado no dia-a-dia por alguém. A adoração à mãe de Jesus tem uma relevância enorme no mundo católico, incluindo Portugal, onde se localiza o enorme Santuário de Nossa Senhora de Fátima, construído em homenagem à sua suposta aparição a três crianças pastoras, Lúcia, Jacinta e Francisco.

Ainda na temática cristã, destaque para Maria Madalena, considerada a segunda mulher mais importante do Novo Testamento, após Maria mãe de Jesus. Maria Madalena viajou com Jesus e com os apóstolos e assistiu à crucificação e ressurreição. Mencionada nas escrituras mais vezes que certos apóstolos, é considerada santa pela Igreja Católica e por várias igrejas protestantes. Ainda assim, durante séculos o seu papel na vida de Jesus foi alvo de especulação, tendo sido considerada, entre várias coisas, prostituta, mulher, amante secreta e até, veja-se lá, a própria mãe de Jesus. Este mistério alimentado ao longo dos tempos foi aproveitado pelo romancista Dan Brown, no seu best-seller O Código da Vinci, onde se explora a possibilidade desta personalidade ter sido a mulher de Jesus, tendo essa informação sido preservada por uma sociedade secreta onde se incluía Leonardo da Vinci, o qual teria deixado uma pista na sua obra A Última Ceia, onde um dos apóstolos representados ao lado do Messias seria, na realidade, uma mulher.

Foi ainda um nome utilizado pela realeza europeia, incluindo duas rainhas portuguesas: D. Maria Francisca (D. Maria I) e D. Maria da Glória (D. Maria II), ambas da dinastia de Bragança, tendo a primeira nascido em Lisboa e falecido no Rio de Janeiro, e o inverso acontecido à segunda. Na altura a capital havia sido transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, aquando das invasões napoleónicas, formando-se o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o que pôs término ao estatuto de colónia do Brasil, em 1815, acabando este por se tornar independente, em 1822.

Maria adivinha-se um nome eternamente popular ou, pelo menos, intemporal, quer em Portugal, quer no resto do mundo lusófono. Também as suas versões e variantes noutras línguas são amplamente usadas, o que torna este nome nalgo verdadeiramente universal. Embora o seu significado não esteja determinado com toda a certeza, a sua antiguidade e relevância é algo de orgulhar qualquer um.

O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde. ¨ Santa Maria Goretti (1890-1902), mártir.

maria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-19].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

maria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-19].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

maria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-09-19].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/antroponimia/maria>.
O nome Maria é acompanhado muitas vezes de invocações de Nossa Senhora, que frequentemente o suplantam: por exemplo, Conceição ou Prazeres em vez de Maria da Conceição ou Maria dos Prazeres. Isto deve-se à santidade atribuída ao nome de Maria desde o início. O livro do Padre Jacinto dos Reis, Invocações de Nossa Senhora em Portugal , enumera várias centenas de invocações, das quais as seguintes são as mais usadas como antropónimos: Anjos, Anunciação, Anunciada, Belém, Bom Sucesso, Caridade, Carmo, Céu, Circuncisão, Conceição, Desterro, Dores, Encarnação, Esperança, Fátima, Graça, Guadalupe, La Sallette, Lourdes, Luz, Mercês, Natividade, Nazaré, Neves, Patrocínio, Piedade, Pranto, Prazeres, Purificação, Remédios, Rosário, Saudade e Saúde.

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